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Walter Pimenta, vice-presidente sênior de produtos e inovação da Mastercard para a América Latina, destacou o interesse da juventude latino-americana por criptomoedas em entrevista recente para a revista Entrepreneur.

Quando questionado sobre como o coronavírus afetou os pagamentos, o executivo da Mastercard que a pandemia aumentou os pagamentos eletrônicos online, já que poucos podiam fazer pagamentos em dinheiro em locais físicos. Um outro efeito que é que, entre esses pagamentos eletrônicos, cresceu muito o interesse nas criptomoedas.

A avaliação de Pimenta é que as criptomoedas estão ganhando espaço entre os millennials ou “Geração Y”, aqueles nascidos entre 1980 e 1996. Ele entende que embora um número maior de pessoas esteja apostando nas criptomoedas como investimento, muitos também querem usá-las no dia-a-dia.

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Os números citados por Pimenta vêm de uma pesquisa da Mastercard divulgada no início deste mês. O “Índice Mastercard de Novos Pagamentos” detalhou o crescente interesse em novos métodos de pagamento em todo o mundo. Foram entrevistados 15.569 pessoas de 18 países, em quatro regiões do mundo. Destaque-se que moradores da Europa não foram ouvidos nessa rodada.

Segundo o estudo, cerca de quatro em cada dez adultos (37%) na América Latina e no Caribe afirmam que planejam usar criptomoedas no próximo ano. No entanto, o número salta significativamente, quando se trata da percepção dos jovens sobre as criptomoedas.

Três quartos (67%) dos millennials ouvidos estão mais dispostos a usá-los agora do que há um ano. Aprender mais sobre criptomoedas interessa a outros 79% desta geração. Ao mesmo tempo, 76% dos entrevistados disseram que os usariam mais se os entendessem melhor.

Outro dado importante da pesquisa é que 93% dos consumidores estão considerando usar formas de pagamentos emergentes no próximo ano. Entre os mais citados estão as criptomoedas, além de códigos sem contato, biométricos e QR.

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De acordo com a pesquisa, 40% dos entrevistados disseram que planejam usar criptomoeda no próximo ano. Assim como na América Latina, esse número aumentou consideravelmente entre os entrevistados mais jovens, principalmente no Oriente Médio e na Ásia.

Em abril, a Mastercard revelou que estava planejando lançar o primeiro cartão de crédito oferecendo “recompensas” em moedas digitais nas compras, em parceria com a bolsa de criptomoedas norte-americana Gemini.

Não há previsão sobre seu lançamento no Brasil, que ainda tem problemas de regularização do mercado cripto.