A Universal Music Group, que estreia amanhã (21) no mercado de ações de Amsterdã, foi avaliada em cerca de 33,5 bilhões de euros (US $39,30 bilhões).

A francesa Vivendi está desmembrando a Universal e nesta segunda-feira (20) definiu o preço de referência para a cotação em 18,5 euros por ação, de acordo com um comunicado divulgado pela Euronext.

A listagem da Universal Music Group (UMG) será a maior da Europa este ano e entregará 60% das ações aos acionistas da Vivendi.

A Universal aposta que um boom de streaming liderado pelo Spotify, que alimentou a receita de royalties e o crescimento dos lucros por vários anos, ainda tem um longo caminho a percorrer, em uma indústria musical que domina junto com a Warner e a Sony Music, parte do Sony Group Corp.

Sua flutuação acarreta grandes apostas para a proprietária do Canal +, Vivendi, que espera se livrar de um desconto de conglomerado. No entanto, a listagem levanta questões sobre a estratégia da Vivendi, uma vez que ela se separa de sua vaca leiteira, na qual manterá apenas uma participação de 10%.

Vários investidores de alto perfil também já abocanharam grandes participações da Universal, contando em parte com o catálogo anterior do grupo, que inclui nomes como Bob Dylan e os Beatles. Eles também esperam que acordos com software com anúncios e plataformas de mídia social, como Alphabet Inc, YouTube e TikTok, sustentem seu desempenho e avaliação.

BNP Paribas, Natixis, Credit Agricole, Morgan Stanley e Societe Generale são os principais consultores financeiros no negócio, de um total de 17 bancos – um total incomumente grande.

Espera-se que o pote de taxas fique abaixo das listagens padrão, uma vez que nenhum dinheiro novo está sendo levantado como parte do spin-off.

A Universal disse em seu prospecto que as despesas globais a serem pagas em relação ao negócio da Universal não ultrapassariam 0,5% do valor total da distribuição de ações.

A cotação é a mais recente vitória da Euronext em Amsterdã, que cresceu como um centro financeiro após a saída da Grã-Bretanha da União Europeia. Antes da Universal, Amsterdã havia atraído um recorde de 14 IPOs até agora neste ano, dos quais 10 eram SPACs.

Mas a única listagem de Amsterdã de tamanho comparável ao da Universal na história recente foi a listagem de 95 bilhões de euros do Prosus para investidores em tecnologia, também um spin-off, em setembro de 2019. (Fonte: Reuters)