Há vários analistas que fazem fama no mercado de criptomoedas por análises certeiras. Meses atrás, Alex Mashinsky, CEO e co-fundador da Celsius, afirmou que o preço do bitcoin (BTC) continuaria oscilando após seu o recorde histórico de mais de US$ 63.000 em maio e cairia para o patamar de 30 mil. Ele não estava errado.
Como líder da Celsius, uma plataforma de empréstimo de criptomoeda centralizada, Mashinsky acompanha o mercado usando uma série de análises. Durante entrevista publicada dia 24, que pode ser vista aqui, ele assegurou que as coisas vão melhorar no segundo semestre. “Não vimos as máximas ainda para 2021”, cravou.
Para embasar sua previsão, lembrou do que vinha dizendo (e acertando) desde o início do ano. “Quando você sobe muito alto e muito rápido, está fadado à correção. Podem ver meus tuítes em março e fevereiro, dizendo ‘Vamos ter um travamento’ e ‘vamos ter uma correção’. Eu previ US$ 30.000. O bitcoin é como uma mola – nós o esticamos demais e colocamos muita alavancagem. Então, muitas pessoas ficaram gananciosas. ”
Embora haja um clima de pessimismo entre alguns traders, os mais experientes parecem ver as quedas recentes são vistas apenas como uma “correção”, que acabaria por tirar muita gente inexperiente, que acabou vendendo em pânico.
Mashinsky também avaliou que Elon Musk “está manipulando o mercado”. Abordando a polêmica das publicações em rede social do bilionário, ele comparou o CEO da Tesla a um “turista” na terra das criptomoedas.
Como não foram os ativos digitais que deixaram Musk famoso e muito rico, para ele tudo pode parecer uma brincadeira. Porém, há indícios que ele está se aproveitando de sua influência, acredita Mashinsky.
“Se um dos caras mais ricos do mundo está disposto a trocar bitcoin por Tesla, você precisa se perguntar, quem está fechando um bom negócio? No minuto em que você comprar aquele Tesla, ele valerá menos do que você pagou por ele, mas o bitcoin continuará a aumentar de valor. Portanto, essa transação é boa para Elon, mas não é boa para você”, sentenciou.
Em outras ocasiões, o CEO da Celsius havia aconselhado as pessoas a não “desperdiçar” seus bitcoins em compras, mas pensar neles como investimentos de longo prazo. Ele é conhecido por seu um visionário. Em 1996, fundou a Arbinet, uma bolsa de mercadorias para empresas de telecomunicações para negociar minutos de longa distância não utilizados. Embora muito criticado por investir pesado em bens intangíveis, fez fortuna e nos últimos anos tem focado no mercado cripto.
O futuro dos cartões de crédito?
Fundada em 2017, na Inglaterra, a Celsius está transferindo suas operações comerciais para os Estados Unidos, após as recentes medidas regulatórias no Reino Unido. Entre os novos serviços da empresa está um cartão de crédito que possibilita uma espécie de investimento num “fundo de criptomoedas” que podem dar vantagens aos usuários.
Segundo o site da empresa, ele foi “criado por HODLers para HODLers” numa menção ao termo para quem não quer vender sua criptografia. Embora ainda não detalhes como funcionará, a apresentação do cartão diz que os rendimentos desse fundo, poderá ser usado para pagar a fatura mensal do cartão, com dinheiro ou criptomoedas.