O ano de 2020 mudou a maré para os investidores em criptografia. Desde o ponto mais baixo em março de 2020 até atingir novas máximas em dezembro, os investidores viram o melhor dos ciclos de queda e expansão

A ascensão meteórica do Bitcoin acabou gerando dezenas de criptomilionários pelo mundo, mas são os investidores dos EUA que continuam ficando com a maior parte das riquezas.

Os traders americanos obtiveram US $ 4,1 bilhões em lucros negociando Bitcoin no ano passado, quase quatro vezes mais qua a China, segundo do ranking, conforme o levantamento da empresa de análise de blockchain Chainalysis. A empresa de pesquisa com sede em Nova York publicou um relatório classificando os 25 principais países com os maiores ganhos. O Brasil está na lista, ocupando o 16º lugar, sendo o primeiro da América Latina. Chama atenção a popularidade do ativo digital no Vietnã, um país que sofre com instabilidade econômica e tem menos da metade da população do Brasil. Mesmo assim, o volume negociado por lá equivale ao daqui (cerca de US$ 400 milhões).

Quer seja a crença de que a criptografia pode ser uma proteção contra a inflação gerada pela impressão desenfreada de dinheiro dos bancos centrais ou o simples desejo de ganhar dinheiro rápido com o famoso ativo volátil, o mercado cripto cativou investidores iniciantes e profissionais em todo o mundo.

“Investidores de quase todos os países viram os maiores aumentos no final do ano”, apontam os pesquisadores da Chainalysis. Também chama atenção a diferença dos EUA para a China que historicamente tem, de longe, o maior volume de transações de criptomoedas brutas. Contudo, o levantamento da empresa de análises mostra que “as exchanges com foco nos Estados Unidos viram enormes ingressos em 2020 especialmente no final do ano, o que provavelmente é responsável pelos grandes ganhos do país ”. 

A Chainalysis ressalta que suas estimativas são resultado do rastreamento de dados de transações de serviços de criptografia, embora a natureza descentralizada da tecnologia torne impossível saber onde as partes de qualquer negócio individual estão localizadas.

O balanço mostra que os preços do bitcoin quadruplicaram em 2020, fechando o ano perto de US$ 29 mil. O mercado continuou em alta nos primeiros meses deste ano, com os preços ultrapassando os US $ 60.000. Contudo, tiveram uma grande queda em maio, em meio a notícias de regulação mais rígida na China e as críticas do bilionários Elon Musk. Bitcoin caiu 4 por cento para negociação perto de US $ 33.000 no início de junho.