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Algumas criptomoedas propuseram inovações, com um lastro em algum produto do mundo real. Já existem moedas que usam como lastro ouro (PAX Gold e Tether Gold, por exemplo) ou petróleo (o fracassado Petros), commodities bastante conhecidas no mercado. Porém, agora o bilionário agronegócio parece estar descobrindo as possibilidade de tokenizaçaõ.

Em abril, a empresa argentina Agrotoken anunciou o lançamento da SOYA, uma criptomoeda lastreada em saca de soja. Não demorou muito para o Brasil também entrar nessa e apostar na tokenização do café, com a Coffee Coin.

Criação da Minasul, Cooperativa Agroindustrial de Varginha, Minas Gerais, cada Coffe é lastreada por “1 KG de Café verde”, segundo o site. Faltam apenas alguns detalhes na regulamentação para seu lançamento oficial, em  1º de julho. A opção do lastro é para que ela funcione como uma stablecoins, que a pouparia da montanh-russa de preços da maioria das criptomoedas.

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A Minasul é uma a cooperativa com mais de 60 anos, que trabalha junto a 8,5 mil pequenos e médios cafeicultores. Segundo o diretor de novos negócios da Minasul, Luis Henrique Albinati, “Nós vamos ter no mercado uma nova stablecoin disponível e todos que tiverem interesse poderão participar do mercado de café tendo na sua mão um ativo que tem lastro físico no café custodiado pela nossa cooperativa. Isso dá uma nova opção de investimento aos nossos produtores de comercializar o café, fazendo com que o token do Coffee Coin seja uma forma de pagamento”. Ele acrescenta que essa pode ser “a maior ‘disruptura’ no mercado de café”, pois “não existe no mundo proposta igual”.

Caso alcance o sucesso pretendido, a iniciativa poderá popularizar a criptografia de maneira definitiva no mercado brasileiro. Afinal, o Brasil é responsável por cerca de um terço da produção mundial de café, sendo que em 200 colheu 63 milhões de sacas, passando de 3,6 milhões de toneladas.

Essa tokenização do agro funcionaria como um processo de securitização. Casa token serve como um contrato digital com representação em um ativo real. Conforme Rodrigo Borges, diretor da Sppyns, empresa que atua com criptomoedas, “Você pode vender antecipadamente cotas de uma produção, direitos de uma produção ou direito de troca de uma forma mais simples. Parece que é tudo que o produtor quer e que os investidores querem. Que as trocas sejam mais simples, mais fáceis e que você tenha uma redução de complexidade nesse processo.”