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A plataforma de compartilhamento BitTorrent é uma das maiores populares do mundo, alegando possuir mais de 2 bilhões de usuários, num sistema de compartilhamento peer to peer (P2P). Criado em 2001, rapidamente tornou-se uma referência para o sistema de download de arquivos entre usuários através do protocolo de rede descentralizada, sem que o arquivo precise estar em um servidor.

Conhecido por facilitar a pirataria, já que quase todos os arquivos compartilhados eram de filmes, músicas e software sem a autorização de seus criadores, a rede começou a tomar outro rumo a partir de 2018, quando foi comprada por Justin Sun, CEO da empresa Tron, por cerca de US$ 140 milhões.

Além das criptomoedas TRON e SUN, a empresa emite o token de utilidade Bittorrent (BTT) dentro da sua plataforma, desde o início de 2019. Conforme seus desenvolvedores explicam no site oficial, trata-se de um “token de utilidade, baseado na blockchain, que permite a criação dos protocolos e aplicativos descentralizados mais populares do mundo.”

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O BitTorrent é uma criptomoeda construída na base de contratos inteligentes do Ethereum, seguindo o padrão TRC-10, do blockchain Tron. O fornecimento total, conforme declarado em seu whitepaper, é de 990.000.000.000 BTT.

Já é negociada em 74 exchanges, sendo as principais: Upbit, Binance, OKEx e Bittrex. Mesmo assim ainda não é uma criptomoeda popular.

Depois de estar em várias listas de criptomoedas “promissoras” há bastante tempo, o desempenho do ativo deu um salto em 2021. Entre janeiro e abril, teve um aumento 2,328%, chegando a ocupar 11ª posição no ranking das maiores criptomoedas em capitalização de mercado.

Recentemente, a atualização do BitTorrent File Sharing (BTFS) fez crescer o interesse pelo protocolo. A nova atualização inclui melhorias na descentralização e na correção de bugs do ecossistema.

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Como token utilitário (utility token) um de seus possíveis usos é nos aplicativos BitTorrent e o µTorrent. Nesses casos, eles permitem o download de arquivos “.torrent” numa velocidade mais rápida. Também oferece tokens como pagamento para que os usuários mantenham mais arquivos disponíveis na rede, tornando mais provável que um determinado usuário possa fazer o download de algo que deseje mais rapidamente.

Segundo seu site oficial, a proposta é ajudar os criadores de conteúdo a se conectar com seus seguidores e ganhar dinheiro sem compartilhar sua renda com intermediários. Os aplicativos descentralizados com suporte ao BTT incluem BitTorrent Speed, BitTorrent File System e DLive.

O token BTT que os usuários recebem do BitTorrent tem um valor de mercado, e qualquer usuário que deseja receber moeda fiduciária pode trocar seus tokens em uma exchange (bolsa) como a Binance. Por exemplo, se uma agência de criação que produz conteúdo de vídeo deseja usar o BitTorrent para distribuir vídeos, ela distribuirá esse arquivo de vídeo a partir de seu computador no formato de torrent.

Chris Harland-Dunaway, contribuidor do The Verge, comentou no ano passado que  “A genialidade [BitTorrent] veio de ele ser descentralizado – distribuindo o fardo da largura de banda, e responsabilidade, entre vários usuários ao invés de uma empresa. A filosofia da descentralização moldou a visão laissez-faire do BitTorrent ”.

Porém, com a queda generalizada de preços das criptomoedas a partir de maio, o BTT despencou e hoje não está nem entre as 50 maiores em capitalização de mercado. O valor de cada unidade é muito baixo. Se quando atingiu sua máxima histórica em 5 de abril, sendo negociada a US$ 0,013566, no momento em que esta matéria é escrita vale apenas US$ 0,002283.