No final deste ano, o bitcoin (BTC) pode atingir o nível de US $ 66.000, chegando acima de US $ 400.000 até o final de 2030, de acordo com a previsão de preço médio de 42 participantes da indústria. A pesquisa foi encomendada pela plataforma de comparação e serviço de informação Finder. Ainda assim, há algumas apostas bem pessimistas, como o BTC caindo para US$ 100.

Atualmente, o BTC está sendo negociado a US$ 32.577. Ele caiu quase 4% na última semana. A queda acumulado do mês é de 20%, enquanto a valorização foi de 253% nos últimos 12 meses.

Os autores do levantamento “Previsão do preço do Bitcoin em 2021”, Madeleine Gracie e Tim Falk disseram que perguntaram a um  grupo seleto de 42 especialistas em criptomoedas “o que está reservado para a moeda”. A lista inclui o CEO da Coinmama, Sagi Bakshi, a CEO da BitBull Capital, Sarah Bergstrand, o diretor administrativo da Digital Capital Management Ben Ritchie, o diretor da CryptoCompare James Harris, o cofundador da CoinGecko Bobby Ong, o sócio da Morgan Creek Xavier Segura, o professor de direito na Universidade de Liverpool Matthew Shillito, entre outros.

De acordo com esses entrevistados, pode ocorrer alguma queda de preço no médio prazo. Mesmo assim, em dezembro de 2021, o preço do BTC terá ultrapassado seu último recorde histórico (ATH), de cerca de US$ 65.000, e atingirá pelo menos US$ 66.284.

Em dezembro de 2025, a previsão do preço médio mostra que o BTC pode subir para US$ 318.417, mais de  60% acima da previsão feita em dezembro de 2020, mas 12% abaixo da feita em abril.

Justin Chuh, Senior Trader da Wave Financial, por exemplo, disse que o BTC terá uma tendência de alta, terminando 2025 em US$ 210.000 e chegará a 2030 valendo US $ 400.000.

De acordo com Chuh, “reduzindo pela metade os eventos e a inflação ao longo do caminho até 2025 e 2030 provavelmente desencadeará os maiores movimentos de alta. Os preços provavelmente serão impulsionados continuamente pela oferta e demanda, com menor disponibilidade a um grupo mais amplo de usuários.”

Da mesma forma, o Co-CEO da ZebPay, Avinash Shekhar, argumentou que a taxa de adoção mais alta pressionará o preço para cima, afirmando que: “Atualmente, a aceitação geral do Bitcoin contribui para uma pequena porcentagem da população mundial. A crescente aceitação afetará a popularidade e a utilidade do bitcoin. Será injusto precificar o bitcoin contra o fiat [dinheiro corrente] quando isso acontecer e, portanto, o bitcoin terá seu próprio valor intrínseco no futuro.”

Um pouco mais da metade do grupo entrevistado (55%) afirma que agora é a hora de comprar BTC. Já 38% dizem para “hodl”, gíria cripto para “segurar firme” e apenas 7% dizem vender.

No campo ‘comprar’ está o doutorando na Universidade de Saskatchewan, Ajay Shrestha, que estima o BTC valendo US$ 50.000 até o final deste ano, aumentando para US $ 300.000 até o final de 2030.

Palestrante da Brighton Business School, Paul Levy, no entanto, argumenta que “haverá um aumento constante, mas não dramático” na próxima década, e esse aumento não mudará substancialmente em relação ao preço recorde histórico do BTC.

No outro extremo, a professora da University of New South Wales, Elvira Sojli, diz ‘venda’. Ela é pessimista e prevê que o BTC valerá apenas US $ 100 até o final de 2030.

Até quanto deve baixar antes de subir?

Questionados sobre até quanto eles esperam que o preço do BTC caia neste ciclo antes que os preços voltem a subir, Finder descobriu que os especialistas acreditam queda para US $ 25.112, o que é uma média das previsões de 23 entrevistados que responderam à pergunta.

O professor da University of Western Australia, Lee Smales, e o diretor de operações da MarketOrders, Sukhi Jutla, preveem o BTC caindo para US$ 15.000 antes do final de 2021.

Embora o professor da UCL School of Management, Jean-Philippe Vergne, e o analista de pesquisa da Trade the Chain, Nicholas Mancini, prevejam que o BTC chegará a US$ 28.584 e US$ 30.000, respectivamente,  também afirmaram que o êxodo de mineradores da China pode ser benéfico para a moeda .

Entre os fatores que podem elevar o preço do BTC estão seu fornecimento limitado, credibilidade, aceitação crescente por empresas e provedores de serviços, campanha publicitária da mídia, facilidade de acesso e futuros desenvolvimentos tecnológicos.

Os fatores que podem atrasar o BTC incluem questões de escalabilidade, preocupações que a mineração se torne muito mais difícil com o tempo, competição de mercado, aumento da regulamentação, falta de adoção, desacordos da comunidade sobre mudanças e atualizações, bem como histórias negativas na mídia.

Entre outras descobertas, o relatório destacou que 62% dos entrevistados não acham que estamos entrando em um mercado baixista, 17% disseram que sim, enquanto 21% não têm certeza.

Um número igual de especialistas disse que o BTC não se tornará a forma mais comum de moeda nos países em desenvolvimento (33%), enquanto outros 21% apostam que sim, mas não na próxima década .

A hiperbitcoinização, momento em que o Bitcoin ultrapassa as finanças globais – acontecerá em 2050, dizem 54% dos entrevistados, enquanto 44% não esperam que isso aconteça até lá. Os demais não souberam responder.

Martin Fröhler, CEO da Morpher, é o mais otimista entre os participantes do levantamento. Para ele, “A adoção por corporações e investidores institucionais junto com as políticas monetárias incertas e uma alta inflação de ativos vai levar o bitcoin para um valor de 6 dígitos antes do fim deste ano. O ciclo de halving vai ver um aumento de adoção do bitcoin como uma moeda legal em países em desenvolvimento e até 2030, o Bitcoin vai substituir o ouro como um novo ativo de reserva global”.