Cada vez mais surgem relatos de golpes financeiros que prometem dinheiro fácil em um curto período de tempo  De acordo uma pesquisa sobre fraudes financeiras realizada pelo Centro de Estudos Comportamentais e Pesquisas (CECOP) da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o público que cai nessas fraudes é composto, em geral, por homens (91%), com idade entre 30 e 39 anos (36,5%) com renda familiar mensal entre 2 e 5 salários-mínimos (23%) e com pós-graduação (38%). As informações são da CVM.

Chama atenção que quase metade (43,3%) dos estelionatos financeiros envolvem criptomoedas. Em seguida aparecem golpes envolvendo Forex — um mercado destinado a transações de câmbio — (29,8%), opções binárias (16,9%) e ações (15,2%).

Levando em conta os valores perdidos, há uma grande variação, indo de até R$ 100 e mais de R$ 100 mil. Segundo a CECOP, a maioria dos atingidos investiram R$ 1.000 e R$ 5.000 (21,3%) e entre R$ 10 mil e R$ 50 mil (22,5%).

Não é exatamente uma novidade a pesquisa confirmar que o WhatsApp (27,5%) é o principal canal usado pelos golpistas, seguido da divulgação boca-a-boca (19,7%), em terceiro lugar ficam empatados e-mails e ligações telefônicas (12,4% cada).

Os motivos mais citados pelas pessoas que caíram nos golpes são: aparência do site (39,9%), outros familiares/amigos já haviam feito o investimento (38,8%), bom atendimento por parte dos profissionais (35,4%), pequeno investimento exigido (30,9%) e desconhecimento da modalidade do golpe (24,7%).

De acordo com os entrevistado que não caíram em golpes costumas investir em ações, fundos de investimento, FII, previdência privada, CDB e LCI/LCA. previdência privada e renda fixa. Ao mesmo tempo, a maioria das que foram vítimas de golpes não possuíam outros investimentos financeiros.

Ao serem questionados quais aspectos que contribuíram para que tivessem caído no golpe, os participantes podiam assinalar mais de uma opção. As respostas mais frequentes foram: aparência do site transmitindo confiança (39,9%), outros familiares/amigos já haviam feito o investimento (38,8%), bom atendimento por parte dos profissionais (35,4%), pequeno investimento exigido (30,9%), desconhecimento da modalidade do golpe (24,7%).

Os autores do estudo concluem que “fragilidades financeiras não foram apresentadas como motivos para investimento. Pelo contrário, 35% da amostra afirmou estar em busca de lucro, mas ainda sem objetivo definido, seguidos pelos 17% dos participantes que queriam diversificar o portfólio, mesmo que sem um objetivo definido para o lucro”.