Você já ouviu falar no IFIX? Já viu algum investidor conceituado falando que replica a carteira do IFIX ou que o índice de FIIs subiu ou desceu?

Em outro momento, falamos aqui sobre o Ibovespa ou Ibov que é um índice que replica as melhores ações de empresas listadas na bolsa de valores brasileira (B3).

O Ibov é uma média das oscilações dos papéis mais negociados na bolsa. Para simplificar, vamos supor que o índice fosse composto só de dois ativos com o mesmo peso. Se um ativo subiu 2% e outro subiu 1%, o Ibovespa então seria 1,5% que é a média dos dois. Atualmente o Ibovespa é composto de 61 empresas e quando você ouve alguém falar que hoje o Ibovespa subiu 1,3% significa que a média ponderada das oscilações das principais empresas listadas na bolsa foi de 1,3%.

Assim como as ações os Fundos Imobiliários também são negociados na bolsa. A diferença é que quando você compra uma ação você vira sócio de uma empresa quando você compra uma cota de um FII você vira sócio de um empreendimento imobiliário.

Nos FIIs também existe um índice equivalente, ele é chamado de IFIX e atualmente é composto de 92 fundos. É muito comum utilizarmos esse índice para ter um panorama geral do mercado de FII, inclusive para comparar ele com outras formas de investimento.

O IFIX é o índice oficial de cotas de fundos imobiliários da Bolsa de Valores brasileira. Basicamente ele representa o resultado de uma carteira teórica composta por cotas de fundos imobiliários. Os fundos que entram nessa carteira são selecionados de acordo com um conjunto de critérios objetivos. Com isso o IFIX é considerado uma referência sobre o desempenho e as tendências do mercado de fundos imobiliários.

A carteira é reavaliada e pode passar por alterações a cada quatro meses.

Critérios para fazer parte do IFIX

  • O preço da cota não deve ter sido inferior a R$ 1. Esse é um critério pouco improvável, já que não existem cotas de FIIs menores que R$ 100;
  • Deve ter apresentado presença em pregão de 95% no período de vigência das três carteiras anteriores;
  • Se as cotas sofreram Resgate Total pelo fundo emissor elas não entram na carteira teórica;

Com esses critérios o IFIX busca criar uma carteira teórica com as cotas de fundos que apresentam maior liquidez e volume em negociação da bolsa.

Isso é importante porque o IFIX pretende ser uma referência do desempenho e das tendências do mercado de fundos imobiliários de forma geral. Por isso ele não pode ser composto por cotas com baixa representatividade nesse mercado.

Para o investidor o IFIX é uma ferramenta muito importante. Em primeiro lugar porque ele permite identificar os movimentos no mercado de cotas de fundos imobiliários negociado em bolsa.

Desta forma, ele ajuda a tomar decisões sobre o melhor momento para comprar e vender. Quando o índice cai isso indica que de maneira geral os preços das cotas que compõem essa carteira teórica estão em queda. A queda do preço ocorre quando a oferta é maior do que a demanda, o que pode indicar que os investidores estão mais cautelosos em relação ao mercado imobiliário.

Em controvérsia, a alta ocorre quando a demanda ultrapassa oferta indicando que os investidores estão otimistas em relação ao mercado imobiliário.

Em segundo lugar ele pode ser usado como referência. Para quem quer investir em fundos imobiliários a carteira teórica pode embasar a sua escolha das cotas que vão entrar na sua carteira de investimentos. Se você quer diversificar a sua carteira pessoal aplicando em cotas de fundos imobiliários, mas não sabem quais Fundos vale a pena analisar a carteira teórica do IFIX pode ser um bom ponto de partida.