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O foco e tensão do mundo inteiro estão voltados para o confronto entre Ucrânia e Rússia essa semana. Diga-se inclusive que esse pode ser o começo de uma nova guerra mundial.

Basta abrir qualquer jornal de notícias que vimos esse assunto em todas as manchetes. Mas se mesmo observando toda essa movimentação você ainda entendeu o que está sucedendo no hemisfério norte do nosso planeta, confira o resumo de como tudo isso aconteceu e como essa possível guerra pode afetar não apenas os países envolvidos, como o mundo inteiro, inclusive o Brasil.

Por que a Rússia decidiu atacar a Ucrânia?

Desde novembro do ano passado, a comunidade internacional debate as ameaças de invasão russa na Ucrânia. Tudo isso porque houve um interesse da Ucrânia de se juntar a Otan.

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A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) é um grupo que foi criado em 1949, após a 2ª Guerra Mundial, para evitar o avanço da União Soviética ao ocidente.

A Otan, que conta com os principais países do ocidente, como EUA, Reino Unido, Alemanha e França, existe até hoje e filiou partidos orientais próximos da Rússia ao longo da última década.

A Otan estava negociando a inserção da Ucrânia no grupo. Porém, o presidente russo, Vladimir Putin, não concordou com essa possibilidade e já ameaçava um confronto caso não desistissem dessa ideia.

Por que o presidente da Rússia não aceitou a Ucrânia na Otan?

Existe certa contenda entre os dois países que não vem de hoje. Uma discussão que envolve herança histórica e cultural e lembra conflitos da época da Guerra Fria. Hoje, pontos não resolvidos foram usados como justificativa para o ataque militar. (Notícias Uol).

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A Ucrânia é um país que pertenceu à Rússia e foi perdido com o fim da união soviética, juntamente com a Crimeia, que virou uma republica independente. A península da Crimeia fica localizada logo abaixo da Ucrânia, área que se tornou ponto de conflito entre russos e ucranianos historicamente. A disputa entre eles era pela presença militar e uso dos portos da península.

Outro problema também é uma falta de acerto sobre a região do leste da Ucrânia, ao quais os dois brigam pela independência da República de Luhansk e pela República de Donetsk. O povo dessa região é de origem russa, etnicamente russo, falam russo, tem costumes russos e são muito mais alinhados com a mentalidade da Rússia.

Segundo o país russo, esse povoado é forçado a esquecer suas origens e viver conforme os costumes ucranianos. O país ainda alega que está acontecendo um genocídio nessa região, onde aqueles que se identificam como russos, que estão nas repúblicas separatistas russas e também na nas áreas próximas, estão sendo mortos, estão sendo perseguidos pelo governo ucraniano. (Folha SP).

Como percebemos então o motivo do ataque está envolvido com vários problemas históricos, econômicos, culturais e etc.

Um caso nunca resolvido e que até hoje internamente, a Ucrânia registra confrontos entre setores críticos à Rússia e ao presidente Putin, assim como conta com movimentos que defendem a integração com o país vizinho.

Desde 2014 a Ucrânia vem tentando se aproximar aos países da União Europeia, tentando se afastar cada vez mais da Rússia. Para o presidente da Rússia, a Ucrânia fazer parte da Otan é visto como uma ameaça ao país, visto que se uniria a grandes potencias mundiais.

Como tudo isso afeta a economia mundial?

Toda a guerra tem um potencial destrutivo na economia mundial muito grande. Esse conflito – diretamente – não impacta o Brasil. Ele tem um impacto na economia mundial primária, que é a imediata disparada dos preços do petróleo, e isso já vem acontecendo com o barril do Brent ultrapassando os 100 dólares pela primeira vez em sete anos. (NSC Total)

Nossa situação econômica no Brasil no momento, que é: o dólar está caindo ao passo que o preço do Brent está subindo, isso tende a equilibrar a balança no curtíssimo prazo. Mas um desalinhamento entre a Rússia e os Estados Unidos e a Europa, e o realinhamento entre a Rússia e a China mexe com todo o balanço do mercado mundial. (NSC Total).

Porém, um desalinhamento entre a Rússia e os Estados Unidos e a Europa, e o realinhamento entre a Rússia e a China mexe com todo o balanço do mercado mundial. Se a China se mantiver alheia à situação, a tendência é que o impacto seja mitigado. Mas se houver uma oposição aos Estados Unidos, essa polarização certamente vai afetar o governo brasileiro e a balança comercial brasileira, dado que a Rússia provavelmente vai sofrer sanções mais severas.

Mesmo que esse conflito se mantenha apenas entre Rússia e Ucrânia, existe um impacto secundário na economia desses dois países que pode afetar o mundo. Dividas externa podem não ser pagas, ocorrendo então um default nas principais bolsas de valores. Com isso os investidores com medo passam a tirar dinheiro dos mercados mais vulneráveis colocando em locais que consideram mais seguros.

Os mercados também vão acabar fechando fronteiras. Se o Brasil, por exemplo, não conseguir mais vender produtos primários para esses países quebra a cadeia de insumos. Isso pode gerar instabilidades afetando petróleo, dólar e commodities.