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O CEO do Twitter, Jack Dorsey, já se declarou um fã do Bitcoin. Nos últimos meses ele investiu pesado numa nova empresa dedicada ao mercado cripto, a Square. O bilionário disse em entrevista recente que as criptomoedas são a “coisa mais importante” que ele já trabalhou. Porém, defende que elas ainda precisam conquistar a confiança do grande público.

Dorsey acredita que uma das maneiras de acelerar o processo de aceitação seria negociá-las sem depender de terceiros, por isso a Square está trabalhando em sua própria “carteira de hardware” que funcionaria nos smartphones.

O próximo passo pode ser a integração do bitcoin ao Twitter. A Square é uma entusiasta da moeda digital e anunciou a aquisição de 7 mil bitcoins em fevereiro de 2021.

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Nesta quinta-feira (10), Jack Dorsey usou sua conta no Twitter para divulgar o Sphinx.chat, aplicativo de conversas que funciona pela Lightning Network, rede ligada ao Bitcoin. O mensageiro é um “aplicativo descentralizado” que coíbe o spam ao cobrar o custo das mensagens enviadas dos usuários. Com uma base pequena de usuários, por ser paga, o Sphinx afirma ser muito melhor que WhatsApp, Facebook, WeChat e  e-mail.

Em meio aos comentários da publicação, um usuário da rede social cobrou que Jack implemente a Lightning Network do Bitcoin no Twitter ou no BlueSky, projeto de rede social descentralizada que Dorsey tem trabalahdo.

A resposta do CEO do Twitter surpreendeu, afirmando que a integração do Bitcoin à rede do pássaro azul é “”Apenas uma questão de tempo”. Isso foi o suficiente para analistas retomarem uma avaliação bastante conhecida de que o futuro das criptomoedas passa pela sua integração (de alguma forma) com as redes sociais e mensageiros.

Enquanto o Facebook patina com o lançamento do Diem (ex-Libra), sua stablecoin proprietária cujo lançamento é continuamente adiado, o Whatsapp – sua outra empresa – já possui a opção de pagamentos dentro do aplicativo. Embora seja apenas em moeda corrente, abre uma grande possibilidade para adoção de moedas digitais dentro do mesmo sistema.

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A defesa apaixonada de Dorsey do Bitcoin cria a expectativa de uma grande adoção de pagamentos com criptografia pela segunda maior rede social do mundo. Mas como o mercado de tecnologia vive se reinventando, é bom ficar de olho em criptomoedas que já nasceram integradas a redes sociais.

Criptomoedas de rede social

A Reddcoin (RDD) foi lançara para ser uma ferramenta de “doação” nas redes sociais, substituindo as curtidas e os “superchats”. O sistema de pagamentos busca integração para o funcionamento dentro de plataformas populares como Facebook, Reddit e Twitter.

O KIN é o token do aplicativo de mensagens Kik, popular no Canadá e que cuja base de usuários passa de 15 milhões. Trata-se de um ecossistema descentralizado focado em pagamentos digitais. Recentemente fez seu ICO e levantou perto de 100 milhões de dólares.

Por sua vez, o Mithril é uma rede construída na blockchain Ethereum e sua moeda nativa é chamada MITH. Ela já disponibilizou o aplicativo LIT, que funciona como uma rede social, misturando funções populares do Instagram e do WhatsApp. Inicialmente, o projeto é focado em gerar recompensas para os produtores de conteúdo da rede Mithril. Eles oferecem a possibilidade dos usuários enviarem incentivos quando regem ao que é postado na rede, substituindo a mineração em hadwares de computadores pelo que chamam de ‘social-mining’.

O Brasil já possui ativos digitais com essas características como o Xiglute Coin (XGC) cujo nome varia da rede social Xiglute, que tem mais de 20 milhões de usuários.