Mineradoras de criptomoedas estão comprando usinas de energia inteiras nos EUA
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As altas demandas de energia para mineração de criptomoedas estão chamando cada vez mais atenção, atraindo uma enxurrada de acusações sobre o impacto no meio ambiente, em especial nos países onde a eletricidade é gerada por usinas que utilizam carvão ou outro combustível poluente.

Por causa disso, algumas grandes operações de mineração estão eliminando o intermediário e literalmente mudando-se para dentro das usinas. Em especial nos Estados Unidos, empresas buscam o que é chamado de “energia ociosa”, e adquirem pequenas usinas que por algum motivo não estavam mais em funcionamento e levam para lá seus equipamentos. 

Uma levantamento sobre isso foi feito pelo site Curbed, que aponta operações de mineração se instalando em armazéns abandonados, moinhos, hangares de aviões, fábricas, fundições de alumínio e siderúrgicas, entre outros. O que os mineradores estão procurando, explica o site, são grandes espaços abertos com ampla ventilação para preencher com servidores e acesso a fontes baratas de energia com a infraestrutura existente.

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“É por isso que certos lugares, como as antigas fábricas da Alcoa [alumínio], são alguns dos mais populares”, explica à Curbed, Mike Colyer, CEO da empresa de fornecimento de criptografia para mineração Foundry. “Porque são prédios muito grandes com muitos equipamentos elétricos instalados, e esses edifícios foram projetados para dissipar o calor, fazendo com que se tornem locais propicio para a mineração”.

Alguns estados, como Nova York, tentaram bloquear novas operações de mineração alegando preocupações ambientais, mas outros como Texas, Kentucky e Dakota do Sul estão recebendo essas empresas de braços abertos. À medida que esses mineradores de criptografia compram mais instalações, prédios de antigas indústrias que estavam  abandonados estão tendo nova vida, mas com racks de computadores e placa de vídeo no lugar de maquinário pesado de metalurgia.

Por exemplo, a empresa de mineração de criptografia Core Scientific mudou-se para uma antiga fábrica de jeans da Levi’s que tinha acesso quase exclusivo a uma barragem hidrelétrica próxima. Outros, como Greenidge Generation, de Nova York, simplesmente compraram uma usina de energia a gás para alimentar diretamente suas operações. A empresa alega que esse movimento se deu para que eles conseguissem compensar suas emissões de carbono.

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Trata-se de um posicionamento estratégico, com certeza, mas que põe em cheque se a mineração criptográfica poderia realmente se tornar sustentável, como afirmam seus defensores.