O Ethereum foi fundado por Vitalik Buterin em janeiro de 2014, mas não começou a operar imediatamente. A criptomoeda foi inicialmente financiada como um projeto de crowdfunding, sendo o terceiro maior projeto já financiado desta maneira na história, e foi lançado oficialmente em 30 de julho de 2015.
Ele é uma plataforma de software descentralizada, baseada em blockchain e de código aberto, usada para sua própria criptomoeda, o Ether, conhecido pelo símbolo ETH. Ele permite que SmartContracts (contratos inteligentes) e aplicativos distribuídos (ĐApps) sejam criados e executados sem qualquer tempo de inatividade, fraude, controle ou interferência de terceiros.
Ethereum não é apenas uma plataforma, mas também uma linguagem de programação (Turing completude) rodando em um blockchain, ajudando os desenvolvedores a construir e publicar aplicativos distribuídos.
A Máquina Virtual do Ethereum (EVM), escrita por Gavin Woods e Greg Colvin, é capaz de executar uma ampla gama de instruções que permitem grande flexibilidade na execução de diferentes operações. Essa tecnologia transformou o Ethereum em um ecossistema único dentro das outras tecnologias que usam blockchain. Em termos simples, o EVM é parte integrante do funcionamento interno da Ethereum e representa uma verdadeira inovação no desenvolvimento dessas tecnologias.
Quando este artigo foi escrito, em maio de 2021, o Ethereum era a segunda maior moeda virtual do mercado, ficando atrás apenas do Bitcoin. Há muito mais unidades éter em circulação do que bitcoin.
Outra vantagem é a grande rapidez para se adquirir moeda éter em comparação com o bitcoin (cerca de 14 ou 15 segundos para os quase uniformes 10 minutos do bitcoin).
Entendendo Ethereum
Os aplicativos executados no Ethereum são executados em um token criptográfico específico da plataforma, o ether. Durante 2014, a Ethereum lançou uma pré-venda do ether que recebeu uma resposta impressionante.
Ether é como um veículo para se mover na plataforma Ethereum, sendo procurado principalmente por desenvolvedores que procuram desenvolver e executar aplicativos dentro da plataforma. Segundo seus desenvolvedores, o Ethereum pode ser utilizado para “praticamente tudo” que possa ser programado. Algumas de suas aplicações são:
- Finanças descentralizadas;
- Registro de títulos de propriedade (NFTs);
- Ofertas iniciais de moedas (ICO);
- Campanhas de crowdfunding;
- Coleta de impostos;
- Votações.
Sua função múltipla é vista claramente por ser comercializado como uma casa de câmbio digital (como outras criptomoedas) e é usado dentro do Ethereum para executar aplicativos e até mesmo para monetizar o trabalho.
Um dos grandes projetos em torno do Ethereum é a parceria da Microsoft com a ConsenSys, que oferece “Blockchain Ethereum Como Serviço” (EBaaS) no Microsoft Azure para que clientes e desenvolvedores corporativos possam ter um ambiente de desenvolvedor de blockchain baseado em nuvem com um único clique.
Em 2016 ocorreu um fork (bifurcação) no Ethereum e seu blockchain foi dividido em dois depois do colapso do projeto The DAO, e com isso nasceu o Ethereum Classic. O novo Ethereum era uma bifurcação do software original destinado a proteger contra novos ataques de malware.
Lembrando que DAO é a sigla, em inglês, para “Empresa Autônoma Descentralizada”. Seu objetivo é codificar as regras e as tomadas de decisão de uma organização, retirando a necessidade de documentos e o comando por pessoas, gerando uma estrutura com controle descentralizado.
O DAO do Ethereum ficou famoso pelo caso de um operador que roubou mais de US$ 50 milhões em fundos que haviam sido levantados. O The DAO foi lançada em 30 de abril de 2016, com o período de financiamento de 28 dias. Ficou conhecida como um dos maiores financiamentos coletivos da História, quando mais de 11 mil membros investiram mais de US$ 150 milhões.
A primeira DAO é o próprio Bitcoin, que funciona dessa forma e é governado pelo consenso existente entre sua equipe de desenvolvimento e sua rede de mineradores. Todas as outras DAOs foram lançadas na Ethereum.