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A Polícia Federal realizou ontem (25), a Operação Kryptos, que investiga as denúncias de um suposto esquema de pirâmide financeira. Ao longo do dia, foram cumpridos 15 mandados de busca, resultando em 5 pessoas presas e muitos bens, apreendidos. As diligências ocorrera no Rio de Janeiro, em Cabo Frio e no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

Além de R$ 19 milhões em espécie, a Polícia recolheu 21 veículos de luxo, relógios de alto padrão, joias, e um valor não informado em moeda estrangeira. Também confiscou R$ 150 milhões em criptoativos, a maior apreensão da história. A PF deverá liquidá-los e ficarão à disposição da justiça.

Glaidson Acácio, apontado como o chefe do grupo, é dono da GAS Consultoria Bitcoin, sediada em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. As investigações mostraram que ele é suspeito de movimentar bilhões de clientes, que atraia prometendo até 15% de retorno sobre o valor investido. O esquema é tratado como possível pirâmide financeira.

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A defesa de Glaidson Acácio emitiu nota à imprensa dizendo que seu cliente está “até o momento sem acesso ao conteúdo das investigações”. A audiência de custódia ocorre na tarde dessa quinta-feira (26).

A Polícia Federal acredita que outras operadoras de criptomoedas na cidade também podem estar se beneficiando de esquemas fraudulentos. Segundo mostrou a reportagem do Fantástico no último domingo, a Região dos Lagos fluminense ganhou o apelido de “Novo Egito”, por abrigar muitos esquemas de pirâmide financeira.

As investigações continuam.  Segundo a PF, “Nos últimos seis anos, a movimentação financeira das empresas envolvidas nas fraudes apresentou cifras bilionárias, sendo certo que aproximadamente 50% dessa movimentação ocorreu nos últimos 12 meses”.