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Em 2021 já ocorreram 32 grandes “incidentes” de hacks e golpes no mercado de criptomoedas, com um prejuízo de pelo menos US$ 2,99 bilhões (RS$ 15 bilhões). O número pode ser maior, pois foram computados apenas os casos que tiveram divulgação na imprensa.

Esses são dados do estudo realizado pela Crypto Head e divulgados pelo site Markets Insider. O crescimento em relação ao último levantamento do tipo, de 2019, quando ocorreram 38 casos, o que significa um crescimento de 40,7% nas ocorrências.

O relatório da Crypto Head calcula que o valor médio das fraudes e roubos em cada golpe neste ano foi de US$ 93,3 milhões. O ataque mais comum de ataque é a violação das carteiras digitais, seja por técnicas de phishing (links os sites enganosos que roubam senhas), seja por invasão hacker. Em 2020, foram 126 notificações. O total furtado nos últimos dez anos foi de US$ 19,2 bilhões.

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Outro dado relevante é que o bitcoin é a moeda digital mais desejada pelos golpistas. Um terço (33,3%) das fraudes visavam a criptomoeda líder. Em segundo lugar vem o Ethereum, com 36 ocorrências na última década, o equivalente a 12,8% do total de golpes.

Os Estados Unidos são o país com maior registro de ações criminosas, sendo palco de 17 ocorrências de hackers e fraudes. Depois vem Reino Unido, com 12 casos, e Coreia do Sul, com nove.

Historicamente, 2017 foi o ano com o maior prejuízo do mundo da criptografia, com cada ataque levando US$ 223,5 milhões. A empresa que mais sofreu ataques foi a Mt. Gox, que faliu em 2014 após ter perdido US$ 615 milhões ao longo dos anos.

No Brasil não existem estudos tão apurados, mas percebe-se que as maiores fraudes são realizadas por indivíduos ou empresas que se utilizam de pirâmide financeira, atraindo investidores sempre com promessas de lucro rápido e multiplicação dos valores com taxas bem acima dos preços de mercado.

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A maior apreensão de criptomoedas no país ocorreu na operação Kryptos, quando a Polícia Federal confiscou R$ 150 milhões em criptoativos no final de agosto. As autoridades afirmam que o responsável pelo suposto esquema de pirâmide é Glaidson Acácio, dono da GAS Consultoria Bitcoin, sediada em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. Segundo a imprensa, a cidade está sendo chamada de “Novo Egito” devido ao grande número de golpes com pirâmides realizados por empresas ali localizadas.