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Quem acompanha esportes, deve lembrar que Tyler e Cameron Winklevoss conquistaram o sexto lugar na competição de remo de pares masculinos nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.

Mas os “gêmeos Winklevoss”, ficaram mundialmente famosos por causa de sua disputa judicial com Mark Zuckerberg sobre a criação do Facebook. Eles o contrataram para desenvolver o projeto precursor da rede social e acabaram processando Zuckerberg por roubar sua ideia, e acabaram recebendo “apenas” 65 milhões de dólares enquanto a maior empresa e mídia social do mundo vale mais de 700 bilhões.

O grande sucessos dos Winklevoss é por terem se tornado pioneiros da criptografia e, mais recentemente, bilionários do bitcoin. Sua trajetória oferece lições valiosas sobre como investir com segurança em criptomoeda a longo prazo.

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Com uma fortuna avaliada em 1 bilhão de dólares em bitcoin cada, os gêmeos que perderam o Facebook ainda não são mais ricos que Zuckerberg – que segunda a Forbes tem patrimônio estimado em US$ 117,8 bilhões. Só que eles parecem não esquecer do ex-amigo.

Em janeiro, Cameron tuitou: “O bitcoin ultrapassou o Facebook em capitalização de mercado. Faz sentido que uma rede de dinheiro seja mais valiosa do que uma rede social”. Na ocasião, a criptomoeda líder havia vencido a barreira dos US$ 40 mil. Com a queda nos últimos meses, segundo o CoinMarketCap, atualmente o bitcoin vale US$ 708 bilhões e o Facebook 957 bi.

Vamos lembrar os principais episódios dessa história que renderia um filme mais emocionante que o chatinho “A Rede Social”, de 2010, que conta o surgimento do Facebook em alojamento da Universidade de Harvard.

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Acordo do Facebook (2008): Os gêmeos chegam a um acordo com Zuckerberg e recebem US$ 65 milhões em uma combinação de ações do Facebook e dinheiro. Eles cobravam na justiça uma compensação, alegando que ele copiou a ideia e parte do código que o pagaram para criar.

Winklevoss Capital (2012): A dupla investe parte do dinheiro ganho na ação em bitcoin. No mesmo ano, funda uma empresa que faz “investimentos-anjo” para empresas e empreendedores em estágio inicial. Foram quase 100 projetos, sendo que atualmente possuem participação em 20 startups focados em criptografia em seu portfólio.

Investimento em Bitcoin (2012 e 2013): Em abril de 2013, os irmãos anunciaram que possuiam aproximadamente US$ 11 milhões em bitcoin, por intermédio da Winklevoss Capital. Alguns relatórios sugerem que eles compraram parte de seus Bitcoins por apenas US$ 10 cada. Nessa altura, especulava-se que detinham 1% de todo o bitcoin em circulação. Pouco depois desse anúncio, o preço do bitcoin caiu de US $ 180 para US $ 80 em uma semana – a primeira de muitas quedas na montanha-russa de criptografia.

BitInstant (2013): Os graduados de Harvard anunciaram seu envolvimento na BitInstant, uma das primeiras bolsas de bitcoin dos EUA. Infelizmente, Charlie Shrem, o ex-CEO, foi posteriormente preso e condenado a dois anos de prisão por operar uma empresa financeira “não licenciada”. Os promotores disseram que ele intencionalmente negociou bitcoin que tinha sido usado para transações ilegais de drogas e lavagem de dinheiro. O BitInstant encerrou as atividades no final daquele ano. Em 2018, os irmãos processaram Shrem, alegando que ele roubara bitcoin deles. Um acordo judicial foi fechado em 2019, mas os valores não foram divulgados.

Fundação da Gemini (2014): Desde que os irmãos fundaram a exchange de criptomoedas Gemini, construíram sua reputação como um dos lugares mais seguros para comprar, vender e armazenar criptomoedas. Foi uma das primeiros empresas do gênero a ser licenciado pelo Departamento de Serviços Financeiros do Estado de Nova York. Isso é significativo, considerando que Nova York tem alguns dos regulamentos de criptografia mais rígidos dos EUA e apenas um punhado de plataformas pode operar lá.

Aumento do Bitcoin (2017): Em dezembro de 2017, o preço do bitcoin atingiu o pico de US$ 18.000. Seu valor aumentou e caiu desde então, mas os gêmeos Winklevoss nunca venderam.

Investimento da BlockFi (2019): A Winklevoss Capital investiu na BlockFi, um dos primeiros credores de criptografia nos EUA. Atualmente, opera com exchange de criptografia que também paga taxas sobre poupança.

Nifty Gateway (2019): A Gemini compra a Nifty Gateway, plataforma de tokens não fungíveis (NFTs) – ou Nifties, como a empresa os chama. Os NFTs são peças virtuais exclusivas, geralmente de arte ou música, que permitem aos artistas lucrarem com a arte digital. Os NFTs são outro produto do mundo do blockchain que cresceu muito nos últimos anos.

Cartões de crédito criptografados (2021): Tanto a BlockFi quanto a Gemini abriram listas de espera para seus cartões de crédito criptografados, que tem lançamento previsto para este ano. Isso mostra que os irmãos estão novamente na vanguarda da indústria. Esses cartões de crédito criptografados permitirão que o usuário ganhe recompensas em bitcoin e outras moedas digitais, além de oferecer descontos comerciais.