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A Comissão de Valores Imobiliários (CVM) suspendeu por 30 dias a oferta pública de sete cooperativas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), na sexta-feira (30).

As organizações foram ao mercado financeiro na última terça (27) captarem R$ 17,5 milhões para a produção da agricultura familiar.

Segundo a autarquia, a decisão foi tomada devido ao fato de o documento da oferta não ter informado que as cooperativas eram ligadas ao movimento social e afirmou que, caso as irregularidades não sejam corrigidas em 30 dias – a contar do dia 30 de julho -, a oferta poderá ser cancelada.

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No sábado (31), a securitizadora responsável pela emissão, a Gaia Impacto, protocolou um novo prospecto mencionando que as cooperativas se identificam com o MST, que “não é um grupo econômico e não se enquadra tecnicamente em categorias jurídicas, sendo apenas definido como um movimento social”.

E reforça que “não se trata de forma alguma de captação de recursos pelo e para o MST, mas, sim pelos devedores (cooperativas) que atuam no importante setor do agronegócio, que é a agricultura familiar”.

Em um comunicado ao mercado, a Gaia e a Terra Investimentos afirmaram que as sete cooperativas foram regularmente constituídas e registradas conforme a Lei nº 5.764 de 1971.

A CVM tem um prazo de 5 dias úteis para analisar o novo documento, a contar da data em que o prospecto atualizado foi protocolado.

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A Gaia Impacto e o MST não puderam dar entrevistas, pois estão em período de silêncio, o que é regra durante qualquer operação do tipo.