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A Taxa Selic é o termo mais falado nos últimos dias. Essa palavrinha composta por cinco letras significa Sistema Especial de Liquidação e Custódia, que pode simplesmente ser resumida como a taxa básica de juros do Brasil que é usada para controlar a inflação.

Ela é definida pelo Copom – Comitê de política monetária – que se reúnem no mínimo oito vezes ao ano, ou seja, a cada 45 dias para decidir seus valores. Para chegar a uma definição o Copom leva em consideração diversas projeções e estudos de como a economia do país está indo. Dependendo da situação ela aumenta ou diminui na tentativa de conter a inflação.

O Copom anualmente define uma meta da Selic, porém nem sempre ela responde da maneira esperada, que é o fato que estamos vivendo atualmente, com a taxa acima do esperado.

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Além das metas preestabelecidas pelo próprio comitê, existem também especialistas do mercado que fazem boletins semanais com projeções da Selic. O mais conhecido é o boletim Focus, desenvolvido em parceria com o próprio Banco Central.

Por que a Selic aumenta ou diminui?

O papel do Banco Central é tentar manter a estabilidade da nossa moeda e para isso ele precisa tentar conter a inflação.

Sua relação com a inflação funciona como um mecanismo de controle. Quando os preços estão subindo rápido e descontrolado o Copom tende a aumentar a taxa básica de juros.

Para entender como funciona a inflação de um jeito mais simples pense da seguinte maneira. Se você estivesse em um lugar distante e com sede, quanto você estaria disposto a pagar por uma garrafa de água mineral?

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A inflação segue essa lógica, quando a produção diminui aumenta a escassez de determinados produtos. Com essa escassez vem o aumento dos preços. A inflação é um processo monetário que consiste no aumento contínuo e generalizado dos preços. Com a elevação dos preços, o processo inflacionário causa a desvalorização da moeda nacional.

Para tentar controlar essa elevação de preços o Banco Central aumenta a Selic.

Como a Selic interfere nossas vidas

Ela interfere diretamente no preço do nosso consumo. Afinal se a Selic está alta, é porque a inflação também está e por isso o peso no nosso bolso é grande.

Quando a taxa Selic está alta também ocorre à diminuição da obtenção de crédito. Fica mais difícil de conseguir um financiamento ou empréstimo acessível. Quanto mais barato a Selic mais barato fica o crédito.

A Selic também serve de base para outras taxas como o CDI, que é o Certificado de Depósito Interbancário, um empréstimo que ocorre entre bancos. Quando você fica no vermelho, aquelas taxas cobradas pelo banco ficam maiores se a Selic estiver alta.

Para os investidores ela também tem grande influencia. Alguns ativos do mercado financeiro são diretamente influenciados pela taxa Selic. Como o tesouro Selic e títulos privado pós-fixados (como CDBS, LCI e LCA). Então nesse caso, quanto maior a Selic, melhores são as opções de investimento.

Porém, os investimentos em renda variável podem ter certa desvantagem, já que eles também sofrem com o aumento da Selic, mesmo que de forma indireta.

Por exemplo, os Fundos Imobiliários, podem sofrer devido à falta de oportunidade em financiamentos, que diminuem as construções. E as empresas também sofrem certa desvalorização pela diminuição do consumo, fazendo assim cair às ações.

Devemos sempre lutar pela diminuição da inflação, mas também devemos estar preparamos para momentos de crise como este que nosso país vem passando.

Por isso a educação financeira se faz tão importante nesse meio. Quem estava preparado, está podendo aproveitar do aumento da Selic da melhor forma: ganhando em cima dela. Aproveitando o momento para investir na Renda Fixa e tendo bons rendimentos.