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O Bitcoin Mining Council (Conselho de Mineração de Bitcoin, em tradução livre) divulgou um relatório que faz informações importantes. Segundo a pesquisa, o setor global de mineração de bitcoin atualmente utiliza 56% de  energia sustentável.

As críticas à prática de geração de novas moedas digitais pelo uso de força computacional ajudaram a derrubar o preço do mercado, em especial após Elon Musk ter comunicado que por esse motivo a Tesla não mais aceitaria pagamentos em bitcoin por seus carros elétricos. O bilionário, inclusive, foi um dos incentivadores da criação do Bitcoin Mining Council (BMC).

Criada esse ano, a organização visa promover o uso de energia renovável na indústria de mineração de criptomoedas, faz diversas medições anuais. A publicada em 1º de julho explica que o uso de energia sustentável aumentou 52,2% entre o primeiro e o segundo trimestre do ano. Aponta ainda um aumento de 15% na eficiência da rede medida em PH/MW, ou hashrate por MegaWatt.

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Para o estudo, foram feitas três perguntas feitas a 32% dos mineradores da rede. Somados, os resultados indicam que os entrevistados “utilizam atualmente eletricidade com um mix de energia sustentável de 67,6%”, o que resultou na estimativa de 56% em toda a rede.

A utilização de energia advinda de fontes sustentáveis para a mineração de criptomoedas garante um impacto ambiental muito menor que o causado pela indústria em outros países, especialmente a China, que concentra a maior parte do Bitcoin hashrate. Na Ásia, grande parte dos mineradores usam eletricidade gerada por usinas movidas a carvão. Os dados apresentado pelo BMC mostram que consumo de energia do ecossistema cripto representa 0,007% do total mundial, por isso defende que a mineração é “uma das indústrias mais sustentáveis ​​em todo o mundo”.

Alguns analistas questionaram a validade dos dados, pois abordaria apenas um subconjunto da rede, por ser voltada mais para a América do Norte. Mesmo assim, o relatório do BMC mostra o que parece ser uma tendência.

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Vale ressaltar que o BMC  baseia-se nos princípios do relatório ”Net Zero by 2050”, da Agência Internacional de Energia e define eletricidade sustentável como “geração hídrica, eólica, solar, nuclear, geotérmica e baseada em carbono com créditos de carbono líquidos”.

Em maio, o Índice de Consumo de Eletricidade do Bitcoin, levantamento da Universidade de Cambridge, Inglaterra, evidenciou que, quando comparado a nações como os EUA (3.989 TWh) e a China (6.543 TWh), o consumo de energia da criptomoeda é relativamente pequeno. Estima-se que a rede bitcoin consome 1.708% mais eletricidade do que o Google, mas 39% menos do que todos os data centers do mundo que, juntos, representam mais de 2 trilhões de gigabytes de armazenamento.

O BMC não é a única iniciativa que trabalha para a “revolução cripto verde”, um grupo liderado pela Enjin afirma estar trabalhando para a neutralidade nas emissões de carbono das blockchains