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Em sua coluna no site RT, Max Keizer falou sobre o cenário econômico mundial. Seu programa financeiro transmitido pela rede russa é conhecido por suas teorias econômicas “heterodoxas”.  Um dos mais conhecidos analistas do mercado na última década, o economista é o responsável pelo “Relatório Keizer”, conhecida por previsões quase sempre certeiras.

Participando da Conferência Bitcoin 2021, em Miami, ele lembrou o primeiro evento desse tipo em Praga, 10 anos atrás, “dominado por caras da tecnologia, programadores, hackers – cerca de 40 pessoas estavam lá”. O encontro nos Estados Unidos durante o final de semana registrou dezenas de milhares de pessoas acompanhando presencialmente e online.

Avaliando as tendências, Keizer observou que mesmo com as recentes quedas de preço, que levaram o bitcoin de US$ 65.000 para US$ 30.000 cerca de duas semanas, não podem mudar os aspectos positivos na média do ano.

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Conforme lembra o especialista, relatórios recentes mostrando que a maioria dos detentores de curto prazo despejou suas moedas durante a onda de quedas, enquanto os investidores de longo prazo, mineradores e instituições continuavam acumulando. Para ele, isso só mostra que “investidores de verdade estão aqui para ficar”.

Acrescentou que eles não serão dissuadidos pela “estratégia de terror” usada por Elon Musk, China, além dos constantes rumores de regulação do mercado. Pelo contrário, ele acredita que o bitcoin acabará prevalecendo e continuará atraindo novas pessoas.

Conforme destaca, há um número crescente de políticos se envolvendo com essa pauta o que deverá influenciar na legislação nos próximos anos. Após o prefeito de Miami anunciar que deseja fazer de sua cidade um “polo” para o mercado cripto, Keizer acredita que essa pode ser uma “nova tendência”, considerando que outras cidades, como Austin, no Texas, também são pró-bitcoin.

Ao falar sobre os investidores de varejo que entraram mais recentemente no mercado cripto, quando seu preço disparou, Keizer acredita que os investidores de longo prazo não deveriam se preocupar com eles.

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Para o analista, os detentores de BTC deveriam acumular mais. Então, quando “o dólar americano e a economia global entrarem em colapso”, eles poderão ajudar sua família e amigos. É por isso que os investidores “gostariam de ter o máximo possível de Bitcoins. Essa será a única coisa que resta”.

Concentre-se na taxa de hash, não no preço em dólar

Sobre a questão de qual é o preço-alvo esperado, Keizer, que previu uma alta para atingir US$ 220.000 até o final do ano, ele defende que os hodlers, na verdade, deveriam se concentrar mais em como a taxa de hash cresce com o tempo.

A taxa de hash é a métrica que mostra a quantidade de mineradores e energia computacional colocados na rede para validar as transações. Quanto mais alta for a taxa de hash, mais robusta será a blockchain.

Além de algumas flutuações, a métrica também tem aumentado de forma impressionante nos últimos anos para novas máximas, mostrando que cada vez mais mineradores preferem colocar seus dispositivos para trabalhar no blockchain do BTC.

“A taxa de hash está se movendo de forma muito mais consistente para cima. Na minha opinião, é uma métrica muito mais importante. Ela mostra até que ponto o bitcoin está avançando para o sistema tradicional, porque está tirando energia dessas outras coisas”, concluiu Keizer.