SkyBridge Capital, o fundo hedge fundado por Anthony Scaramuccié em Nova York gere mais de US$ 7 bilhões em investimentos, dobrou seu apoio ao Bitcoin. O diretor de investimentos da organização, Troy Gayeski, disse que acredita no futuro do ouro, mas está mais disposto a investir numa “alternativa digital”.
Durante entrevista à Bloomberg, Gayeski, que também é gerente sênior de portfólio da gigante de Wall Street, descreveu a crença da instituição na principal criptomoeda enquanto criticava as ações do Federal Reserve (Banco Central dos EUA) desde o início da pandemia causada pelo COVID-19. A propósito, ao longo de 2020, o bitcoin foi descrito várias vezes como “o ouro digital”, em especial quando de fortaleceu como uma possível reserva de riqueza conforme a economia global fracassava em meio ao cenário da pandemia.
Com a dívida global saindo do controle e o Fed passando a “reduzir as compras de ativos”, grandes investidores estão procurando fazer hedge – estratégia para proteger o valor de um ativo – contra a possibilidade de variações futuras.
Avaliando suas posições, Gayeski vê duas opções como principais: ouro, tradicionalmente considerado o porto seguro mais proeminente, e bitcoin, principal alternativa para investidores em criptomoedas.
Embora a história mostre que o metal precioso teve um bom desempenho em situações semelhantes, a SkyBridge planeja apostar no ativo digital mais valioso. Ele reconheceu a alta volatilidade desse mercado, mas sentenciou: “Vamos nos ater ao Bitcoin e à criptografia porque simplesmente achamos que há mais vantagens”.
O histórico da SkyBridge com o BTC se consolidou no final de 2020, quando o preço do BTC estava ganhando força significativa. O funfo também lançou um Fundo Bitcoin no início de 2021 com um investimento inicial de US US$ 25 milhões. Scaramucci disse que sua empresa via demanda institucional por cripto vinha de todas as direções. A previsão deles é que o preço do BTC chegue a US$ 100.000 até o final do ano, destacando que é um investimento tão seguro quanto títulos.
Outros investidores apostam no “ouro digital”
Há muitos investidores influentes, como Paul Tudor Jones e Stanley Druckenmiller, que continuam a ver o bitcoin evoluir como um ativo que funciona, de fato, como um ouro digital.
Na entrevista ao site The Hustle, Druckenmiller contou que investiu US$ 20 milhões em bitcoin. “Quando o bitcoin deu o primeiro passo, acho que de US$ 50 para US$ 17 mil, fiquei espantado. Queria comprá-lo todos os dias. Estava subindo e, apesar de eu não ter pensado muito, eu não conseguia aceitar o fato de que estava subindo e eu não o tinha”, lembra.
Em abril, o investidor bilionário Mike Novogratz fez previsões ousadas e otimistas sobre o futuro do bitcoin, durante uma entrevista à rede de TV americana CNBC. Ele afirmou que enxerga o bitcoin atingindo o mesmo valor total de mercado do ouro, e eventualmente suplantá-lo.
No momento, o valor total de mercado do bitcoin voltou ao patamar de US$ 1,1 trilhão, enquanto o do ouro continua sendo dez vezes maior: US$ 10,9 trilhões.
Segundo Novogratz, grandes instituições financeiras dos Estados Unidos começaram a oferecer o bitcoin como uma possibilidade de diversificação de portfólio a clientes super ricos. Para ele, é possível que nos próximos meses um grande fluxo de dinheiro novo entre no mercado das criptomoedas.