"Mãos de alface" vendem bitcoin, enquanto hodlers compram mais
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A instabilidade no preço não é novidade para quem está acostumado a negociar Bitcoin e evita a venda a qualquer custo, conhecidos como “hodlers” – acrônimo da expressão “hold on for dear life” . Segundo mostra a empresa de análise de dados Glassnode, a queda recente no preço da criptomoeda gerou uma venda apressada de novos investidores, que passaram a investir durante a última alta.

Na contramão, investidores veteranos aproveitaram o momento para adquirir moedas a um preço mais baixo. Nesta segunda-feira (18), o Glassnode afirmava que “os novos participantes do mercado venderam em pânico e tiveram perdas significativas”.

Esta é a segunda grande queda abaixo de 1,0 no índice STH-SOPR (short-term holder) durante a correção. O termo, que poderia ser traduzido como “detentores de curto prazo” refere-se a negócio com moedas compradas há menos de 155 dias. Ou seja, eles compraram Bitcoin em meio à alta recente do mercado. Quando os valores estão abaixo de 1,0 indicam venda com prejuízo.

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A moeda digital caiu mais de 20%, movimento causado principalmente por manifestações públicas de Elon Musk, CEO da Tesla. Pelo Twitter, ele anunciou sua montadora de veículos elétricos não vai mais aceitar a moeda digital como pagamento. Dias depois, criticou a criptomoeda que classifica de “supercentralizada” e deu a entender que iria se desfazer de todos os bitcoins que possui.

As mensagens do bilionário envolviam críticas ao consumo de energia para minerar Bitcoin e defesa da criptomoeda-meme Dogecoin como uma opção melhor. Devido à influência de Musk, criou-se um pânico no mercado, que assustou quem é novo no jogo.

Os long-term holders (detentores de longo prazo) não se abalaram e começaram a comprar na queda. Mais de 1 milhão de traders liquidaram suas posições enquanto o total de endereços com saldo BTC diferente de zero recuou 2,8% em relação ao seu recorde histórico recente, de 38,7 milhões.

Conforme a Glassnode destaca “Um total de 1,1 milhão de endereços gastaram todas as moedas que possuíam durante esta correção, mais uma vez fornecendo evidências de que a venda em pânico está em andamento”.

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A empresa fez os cálculos baseada no número de endereços de acumulação, aqueles que têm pelo menos duas transações de entrada, mas nunca gastaram nenhuma moeda.

“Em oposição quase perfeita ao pânico de vendas dos novatos, os detentores de longo prazo parecem estar comprando na queda e acumulando moedas mais baratas”, declarou a empresa. “Embora a contagem de endereços diferentes de zero tenha caído durante essa correção, o número de endereços que estão acumulando aumentou 1,1% desde a queda recente. No geral, o mercado de Bitcoin experimenta uma correção historicamente significativa”, afirmou a nota.