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Enquanto a China anuncia para o ano que vem sua versão digital do yuan e alguns países estudam nova legislação regulatória sobre criptomoedas o Banco Central Europeu (BCE) dá início à “fase de pesquisa” sobre o projeto do “euro digital“.

O anúncio oficial foi nesta quarta (14), dando sequência a uma nova parte da implementação após a consulta pública que ocorreu nos últimos meses. Ao longo dos próximos dois anos, o BCE fará “testes’ para determinar as tecnologias mais vantajosas que podem ser adotadas. Porém, deixou claro sua preocupação que o euro digital seja mais “ecológico” que criptomoedas como bitcoin.

O relatório preliminar feito pelo Banco Central Europeu sobre o projeto foi publicado nove meses atrás, explicando que o objetivo é “assegurar que na era digital os cidadãos e as empresas continuam a ter acesso à forma mais segura de dinheiro, o dinheiro do banco central“, afirmou a presidente do BCE, Christine Lagarde, em nota oficial à imprensa.

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Ela frisou que “o euro digital não será algo para substituir o dinheiro físico, apenas para complementar“, mas não deu detalhes de como isso funcionaria.

O interesse por Moeda Digital de Banco Central (CBDC) tem crescido em diferentes partes do mundo. Conforme o BCE a fase preliminar de estudo já se identificou que “não há obstáculos técnicos” para o lançamento do euro digital.

“Tanto o sistema TIPS [usado atualmente] como alternativas na área do Blockchain demonstraram ser capazes de executar mais de 40 mil transações por segundo”, explica a nota oficial do BCE, indicando que deverá ser “possível” estabelecer uma junção de tecnologias, com elementos centralizados e descentralizados.

Ciente das cobranças de vários investidores de vulto, como Elon Musk, sobre o custo energético para manutenção da blockchain do Bitcoin e seu impacto ambiental, o BCE assegura: “A infraestrutura central do euro digital será amiga do ambiente; nas arquiteturas que foram testadas, a eletricidade usada para gerir dezenas de milhares de transações por segundo é negligenciável, em comparação ao consumo energético de criptoativos como a Bitcoin”.