A linha da média móvel de 50 dias (MA-50) cruzou abaixo da média móvel de 200 dias (MA-200), resultando em um “cruzamento mortal” para o bitcoin. Normalmente, esse é o indício que uma grande liquidação está ocorrendo. No entanto, não há motivos para se preocupar demais, garantem sites especializados.
Os crashes (quebra no preço) do ultimo trimestre de 2019 e do primeiro trimestre de 2020 foram precedidos por cruzamentos de médias móveis e indicaram que os rumos do mercado estavam prestes a mudar.
Como a ‘cruz da morte’ funciona?
O indicador de ‘cruz da morte’ (também chamado de cruzamento mortal) é uma análise confiável nos mercados de ações e de criptomoedas. Por exemplo, conseguiu prever quatro grandes quedas do mercado cripto, além dos colapsos do mercado de ações em 1974 e 2008.
Quando um mercado em alta termina, a dinâmica de curto prazo (indicado pela linha de média móvel de 50 dias, ou 50MA) começa a desacelerar.
A cruz da morte descreve um cruzamento entre o MA-50 e o MA-200, enquanto o mais curto, o de 50 dias, cai para um nível inferior que a linha de 200 dias.
As médias móveis de longo prazo são capazes de fornecer uma tendência robusta – uma linha de melhor ajuste, por assim dizer, criando uma ideia de demanda de linha de base. Em mercados altistas, a dinâmica aumenta com o tempo, portanto, em prazos mais curtos, como o 50MA, o mercado tende a ultrapassar a média de longo prazo.
As médias móveis de curto prazo caindo abaixo das de longo prazo (especialmente em alto volume) indicam que a demanda está secando, e muitas vezes é seguida por uma grande queda ou um mercado de baixa prolongada.
A confiabilidade da cruz da morte na criptografia
Sendo muito mais jovem do que os mercados tradicionais, o mercado de criptomoedas nem sempre está sujeito às mesmas regras. Vimos repetidas vezes que a cruz da morte pode desferir um duro golpe nas ações individuais e nos índices de base ampla. De fato, em sua maior parte, tendências semelhantes foram observadas no mercado de bitcoin.
Vale ressaltar que o indicador da cruz de morte não é infalível. A cruz de morte do bitcoin no meio de 2015, embora em um volume muito menor, na verdade foi seguida por uma enorme corrida de alta.
Cruzamentos de morte nos anos seguintes foram acompanhados de forma mais confiável por ações de preços baixistas, parcialmente devido à descoberta de preços mais precisos em volumes mais altos. É um ótimo indicador que deve ser levado a sério, mas nunca é um impedimento, conforme mostra a figura acima, o ROI (Retorno sobre Investimento) de uma cruz de morte até ocorrer uma “cruz de ouro” – que é o oposto, quando a linha MA-50 cruza acima da linha MA-200.
Isso pode ocorrer por cauda da juventude do bitcoin, mas uma cruz de morte invariavelmente foi seguida por uma ação de preço massiva de uma forma ou de outra, então vale a pena se preparar mesmo assim.
#BTC death cross is coming. But its a lagging indicator.
Historical #deathcross until #goldencross time (in days) + largest price swing since #deathcross begins:
2011: 180 D, -59%
2014: 90 D, +83%
2014: 390 D, -63%
2018: 360 D, -55%
2019: 105 D, -29%
2020: 50 D, +66% pic.twitter.com/04Czikk4pu— venturefoundΞr (@venturefounder) June 11, 2021
De acordo com o analista VentureFounder, os dados históricos sugerem que quedas de preço após cruzes da morte, quando acontecem, sempre foram “grandes oportunidades de compra”.
Além da análise técnica pura, há várias questões fundamentais interessantes em jogo, que podem se opor à tendência de baixa da cruz da morte: a adoção oficial de bitcoin por El Salvador, a conclusão da sinalização do Taproot, a transição dos mineradores para energias renováveis dos EUA e acima de tudo tem a possibilidade de mitigar (ou negar) o que a cruz da morte reserva para o preço do BTC no final de junho.