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Bitcoin (BTC) e ethereum (ETH) viram sua rivalidade aumentar em 2021 à medida que a batalha pelo “domínio” do mercado das criptomoedas se acirrou. Vale lembrar que o blockchain Ethereum tem apenas seis anos – o do bitcoin tem o dobro.

O argumento que é preciso olhar para o preço do Bitcoin quando ele estava no mesmo estágio não parece justo, pois o mercado mudou muito desde então. Além disso, quando o bitcoin dispara, o mesmo acontece com o resto do mercado – incluindo o ethereum. Mas em 2015, quando o Bitcoin também tinha seis anos, valia cerca de US$ 250. Ethereum custa atualmente mais de US$ 2.500. Além disso, o preço do BTC subiu quase quatro vezes nos últimos 12 meses, enquanto o ETH disparou 1.000% durante o mesmo período – diminuindo muito a (ainda considerável) lacuna entre as duas maiores criptomoedas capitalizações de mercado.

Agora, enquanto o dogecoin (DOGE) ganha em holofotes ao ser defendido por celebridades, analistas atentos já estão prevendo que o ethereum pode eventualmente ultrapassar o bitcoin. Há diferentes análises no site da Forbes e da NASDAQ sobre o tema.

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“Enfatizando os benefícios da diversificação em uma classe de ativos ainda tão incipiente como criptomoedas, a tendência que parece duradoura é o ethereum ganhando participação de mercado sobre o bitcoin”, escreveu o estrategista sênior de commodities da Bloomberg Mike McGlone em seu último relatório, apontando para o volume de negociação como “um indicador principal para o avanço do ethereum em termos de capitalização de mercado “.

O volume médio de negociação de 10 dias da Ethereum dobrou, aproximando-se de 80% do bitcoin desde o início de 2021, de acordo com dados da CoinMarketCap. “Ambos [bitcoin e ethereum] têm oferecido fundamentos para o otimismo, mas a base de usuários e os diferentes usos [do ethereum] são um forte complemento para os atributos de armazenamento de valor mais macro da outra [bitcoin]”, escreveu McGlone.

Um dos aspectos a ser considerado é que o mercado está começando a reconhecer que bitcoin e ethereum fazem coisas muito diferentes. O BTC é uma moeda digital descentralizada que as pessoas estão começando a ver como uma forma de ouro digital. É extremamente seguro, mas não pode fazer muito mais do que já faz. Além disso, existem preocupações sobre sua pegada de carbono – minerar a moeda atualmente usa tanta energia quanto um grande país como o Egito.

Em contraste, o ETH ainda tem espaço para crescer. O mundo está apenas começando a ver as aplicações de negócios com contratos inteligentes (smart contracts) e DeFi (finanças descentralizadas). O lançamentos do ethereum 2, previsto para este ano ainda, ajudará a plataforma a atender à demanda crescente e a migrar para um modelo de mineração mais sustentável.

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A grande questão é o que acontecerá com a indústria de criptomoedas como um todo. Sabidamente, são investimentos altamente voláteis e imprevisíveis. Para cada especialista que prevê que o preço do ETH ou BTC continuará a subir, há outro que diz que esta é uma bolha que pode entrar em colapso completamente.

O que não pode ser esquecido é que o ethereum disparou no ano passado, acompanhando o aumento da popularidade das DeFi – usando tecnologia de criptomoeda para recriar produtos bancários tradicionais, como empréstimos e seguros, utilizando seu blockchain. Enquanto isso, o repentino sucesso dos NFTs (token não fungível) que permite que todos os tipos de memes, arte digital, tweets e vídeos do YouTube sejam vendidos via blockchain do ethereum aumentou ainda mais o preço da segunda maior criptomoeda do mercado.

Mesmo cenário na América Latina

Outro dado relevante é que, em maio, a exchange Mercado Bitcoin, maior empresa de criptoativos da América Latina, mostrou que o ethereum foi responsável por 24,54% do volume de suas operações financeiras. Ou seja, terminou o mês praticamente empatadas com o bitcoin, que obteve 25,25% do total.

“Em maio, vimos o pior mês do Bitcoin em reais desde dezembro de 2013, com uma queda de 39%. Apesar disso, a moeda digital teve um fechamento expressivo e foi a mais negociada na plataforma”, lembra Fabrício Tota, diretor de novos negócios do Mercado Bitcoin. “Já o Ethereum, que subiu 250% este ano, vem ganhando destaque entre os investidores. Se o Bitcoin reina soberano, o Ethereum vai se consolidando cada vez mais como o segundo grande ativo da criptoeconomia.”